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Agems e Chapadão do Sul discutem estratégias em saneamento básico para crescer com sustentabilidade

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Avanços operacionais na gestão de resíduos sólidos foi o tema principal de encontro da Agência com secretários da área de desenvolvimento e meio ambiente

Em reunião com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente de Chapadão do Sul, Marcelo Balen, e o secretário-ajunto, Raphael Cardoso, a Agência Estadual de Regulação (Agems) e o município traçaram estratégias para a gestão de resíduos sólidos, visando promover um modelo de crescimento com sustentabilidade. Esse é o foco da nova administração municipal, em que meio ambiente e desenvolvimento não são temas conflitantes, mas complementares.

O encontro foi coordenado pela diretora de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos, Iara Marchioretto, e reforçou o papel fundamental da Agems como reguladora e parceira. Em pauta, os desafios financeiros, ações educativas e a implementação obrigatória de uma certificação que irá atestar as práticas sustentáveis no Eixo “Resíduos Sólidos” do  saneamento básico.

Chapadão do Sul é um dos 38 municípios conveniados à Agência para regulação desses serviços. Nesta sexta-feira (14), engenheiros da Diretoria de Saneamento Básico e Resíduos Sólidos iniciam uma fiscalização de campo, para avaliação e diagnóstico.

Para garantir o cumprimento das normativas e o avanço dos municípios, a Agems irá lançar, ainda neste ano, uma inédita Certificação que atesta a sustentabilidade financeira e técnico-operacional da gestão dos resíduos sólidos. Chapadão do Sul foi convidado e aceitou a proposta de ser o segundo município, junto com Batayporá, a participar do projeto piloto, durante o ano de 2025.

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“O selo de certificação é um marco importante, pois não apenas reconhecerá o esforço dos municípios, mas também será fundamental para garantir o acesso a recursos federais – onerosos, como empréstimos e financiamentos – e não onerosos, que exigem a comprovação da sustentabilidade das ações municipais”, destacou a diretora Iara.

“Este ano será um período de diagnóstico e recomendações, em que o município poderá implementar as melhorias necessárias para alcançar a certificação. Em 2026, o Governo Federal vai colocar em prática esse critério para concessão de recursos”.

Ações conjuntas para o fortalecimento da gestão ambiental

Os secretários Marcelo Balen e Raphael Cardoso reforçaram a importância da cooperação da Agems para fortalecer no município o eixo ambiental do desenvolvimento, que já se destaca no campo econômico.

“O apoio será fundamental para implementar as boas práticas, garantir a certificação e deixar um legado de crescimento sustentável para a cidade”, afirmou o secretário Marcelo.

Raphael Cardoso acrescentou que, embora o município tenha avançado significativamente nos últimos anos, ainda existem desafios que precisam ser enfrentados, como a reavaliação sobre a taxa de coleta e destinação de resíduos para dar real sustentabilidade ao serviço, e a melhoria operacional da Central de Tratamento de Resíduos (CTR).

A diretora de Inovação Relações Institucionais Rejane Monteiro, ressaltou que o trabalho conjunto pelo desenvolvimento sustentável envolve não só as ações imediatas, a execução das atividades previstas no convênio.

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“A Agência tem uma importante responsabilidade e tem toda uma capacidade técnica que disponibiliza aos Municípios para garantir que as políticas públicas de saneamento básico e meio ambiente se alinhem com o desenvolvimento sustentável. E para este ano estamos preparando uma grande conferência, reunindo as prefeituras, fortalecendo esse relacionamento e lançando oficialmente o selo de certificação”, informou.

Educação ambiental e a comunidade como aliada

Além da regulação, a Agems e a gestão municipal investirão em ações de educação ambiental. O município de Chapadão do Sul começou um projeto de capacitação de professores, enquanto a Agems irá expandir para o local seu projeto voltado para conscientização de estudantes de escolas públicas.

A reunião também marcou o início do planejamento para a realização de uma edição do projeto “AGEMS Perto de Você” em Chapadão do Sul ainda este ano. A iniciativa, coordenada pela Ouvidoria da Agems, leva serviços gratuitos de fiscalização, orientação e atendimento à população, aproximando a agência dos cidadãos e fortalecendo o papel da regulação na melhoria da qualidade de vida.

Participaram também da reunião a ouvidora Cristiane Leite, e as coordenadoras da Diretoria de Saneamento Básico Danielle Adma Vendimiati, (Câmara Técnica de Resíduos Sólidos), Rúbia Tatiane da Silva (Câmara de Regulação Econômica), Nauristela Paniago (Educação Ambiental), a assessora jurídica, Tarsilla Franccesca Aguereo, e a técnica Lucélia Tashima.

Comunicação Agems

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Com apoio da Fundect, campo experimental avalia sustentabilidade agrícola na Rota Bioceânica

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Projeto de pesquisa liderado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) está avaliando a sustentabilidade de diferentes culturas para recuperação de pastagens degradadas em Porto Murtinho (MS), município estratégico na Rota Bioceânica.

A iniciativa é resultado da criação da primeira Unidade Experimental de Pesquisa da rota, com investimento de R$ 1,5 milhão da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), vinculada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

A recuperação de pastagens degradadas é uma política do governo de Mato Grosso do Sul para promover a produção sustentável, sem expansão sobre vegetação nativa, garantindo a proteção do meio ambiente enquanto promove o desenvolvimento econômico.

No Estado, segundo a Semadesc, existem 12 milhões de hectares de pastagens degradadas, sendo 4,7 milhões que poderão ser trabalhados com algum tipo de atividade, seja agricultura, pecuária, sistemas agroflorestais, ou silvicultura.

Porto Murtinho é o segundo maior município do Estado, com uma área de 1,7 milhão de hectares, ficando atrás apenas de Corumbá. Cerca de 60% de seu território está inserido no bioma Pantanal, área protegida por legislação ambiental. Os mais de 700 mil hectares restantes são passíveis de aproveitamento econômico mediante sistemas sustentáveis de produção.

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Ricardo Gava, engenheiro agrícola e coordenador do projeto, destaca que a área fora do bioma é maior que o município de Maracajú, ou ainda duas vezes maior que Chapadão do Sul, com pastagens degradadas que merecem atenção.

“O uso eficiente dessas terras reduz a pressão por expansão sobre áreas sensíveis do Pantanal. Por meio de práticas sustentáveis, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), podemos não apenas melhorar o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida das famílias locais, como também contribuir para a preservação ambiental”, reforça o pesquisador.

A unidade experimental está localizada a 40 quilômetros do centro urbano, em uma área de dois hectares na bacia hidrográfica do rio Apa. Os solos da região são naturalmente férteis, mas apresentam limitações, como adensamento superficial devido ao acúmulo de argila e formação de um horizonte endurecido em períodos secos.

“Essas condições favorecem o surgimento de lençois d’água suspensos, aumentando a frequência de inundações e a salinização, o que torna essencial a adoção de manejos adaptados às características locais”, pontua Gava.

Entre as espécies já avaliadas estão quatro variedades de braquiária (Ruziziensis, Decumbens; Xaraés-MG5 e Marandú), além de milheto, algodão e soja. Os testes foram conduzidos com e sem aplicação de fertilizantes químicos, permitindo avaliar a viabilidade de sistemas produtivos com menor impacto ambiental.

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Professor e pesquisador do campus da UFMS em Chapadão do Sul, onde desenvolve diversos projetos, Ricardo Gava realiza também o cruzamento de dados entre as duas regiões, o que permite comparações relevantes quanto à adaptação das culturas em distintos contextos climáticos.

“Enquanto em Porto Murtinho as altitudes chegam a menos de 100 metros em relação ao nível do mar, com temperaturas que frequentemente ultrapassam os 50 °C, Chapadão do Sul está no divisor topográfico mais alto do Estado, próximo aos 900 metros de altitude, com clima mais ameno. O estudo comparativo pode ajudar a identificar cultivares mais resilientes às mudanças climáticas”.

Além da pesquisa, a unidade também atua como centro de formação e intercâmbio científico, envolvendo estudantes de graduação e pós-graduação, além de pesquisadores e produtores rurais do Brasil e do Paraguai. “A troca de experiências tem fortalecido o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis na Rota Bioceânica e as pesquisas têm mostrado o potencial de uma nova fronteira de produção agrícola”, conclui Ricardo Gava.

Maristela Cantadori, Comunicação Fundect
Fotos: Arquivo pessoal/Ricardo Gava

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