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Documentário “Onde você estava?” é lançado com homenagens ao professor Roberto Figueiredo

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Com muita emoção e homenagens ao professor Roberto Figueiredo, o lançamento do documentário “Onde você estava?” – que foi o diretor da obra -, ocorreu nesta quarta-feira (18) , no teatro Aracy Balabanian, em Campo Grande. A data da estreia já estava planejada e, por decisão conjunta da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e da família do docente, a programação foi mantida como uma forma de homenagem ao diretor, que morreu na semana passada.

“O professor Roberto insistiu bastante para o que documentário fosse lançado ainda em 2024, por conta dos 45 anos da instalação de Mato Grosso do Sul, ocorrida em 1979. Em contato com a família Figueiredo, ouvimos o desejo de manter a data conforme ele havia sonhado”, disse a pró-reitora de Graduação e Extensão da UCDB, Rubia Renata Marques.

Em seu discurso de abertura do evento, Rubia Marques disse que trabalhou com o Roberto Figueiredo por 18 anos, desde que ela chegou na UCDB. “Porque ele estava lá há muito mais tempo. Ele era coordenador do curso de História. No começo desse ano ele me procurou para falar do documentário. Um dia ele me encontrou no corredor e falou que estava tocando o projeto. Segue o baile que a gente apoia. E há poucas semanas volta o Roberto me falando assim: ‘vamos marcar a data de lançamento do documentário?’, e foi uma surpresa para mim, porque já estava pronto o projeto. É esse projeto que nós vamos ver aqui hoje, com tantas coisas que ele fez. Isso aqui é a realização de um sonho. O Governo do Estado e a Fundação de Cultura compraram a ideia e tem um projeto lindo que nasceu. Isso é um presente para todos nós”.

“Muito difícil estar aqui esta noite, em que pese o lançamento deste documentário tão bacana, que o Governo do Estado tem o maior interesse neste trabalho brilhante realizado pela UCDB, capitaneado pelo Roberto, mas é difícil estar aqui na ausência deste grande amigo, eu tive o prazer, a honra de trabalhar com ele durante 22 anos na UCDB, parceiro, que deixou um legado fantástico, não só na cultura de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, do Brasil, mas para nossas vidas. O Beto está presente aqui com sua obra, em nossos corações, em nossas memórias, em todo o trabalho que ele fez e nas nossas relações. Em nome do Governo do Estado quero dizer da gratidão ao que ele deixou, eu trago um abraço do governador Eduardo Riedel, do Eduardo Mendes, presidente da Fundação de Cultura, e vamos deixar a tristeza de lado e vamos celebrar a vida, a obra, tudo o que o Beto plantou em nós”, disse o secretário Marcelo Miranda (Setesc).

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Logo após, o grupo ‘Senta que o Leão é Manso’ trouxe uma interpretação do poema Versos deste Chão, extraído do livro Cirros, de Flora Thomé, e também um fragmento da peça Ato de Sobrevivência, de Magno Martins, e direção de Roberto Figueiredo, que estreou no dia 29 de novembro deste ano. E também o grupo de dança Arara Azul apresentou a coreografia Retrato em Preto e Branco, com a direção artística e coreografia de Jéssica Belicanto. Também houve uma homenagem feita pela musicista Lenilde Ramos, que tocou ao piano a música Velhos Amigos, de Paulo Simões.

Logo após as homenagens, foi exibido o documentário “Onde você estava”, com direção de Roberto Figueiredo. O material reuniu depoimentos de historiadores, jornalistas, artistas e comerciantes sobre os momentos vivenciados a partir de 1977, com a divisão de Mato Grosso, e reflete sobre a identidade de MS.

Em entrevista concedida no dia 11 de dezembro para divulgar o lançamento, Roberto falou sobre a produção. “Sempre quis saber qual o sentimento da população com a instalação de MS. Eu, por exemplo, morava em Três Lagoas e fazia faculdade na época e isso pra mim estava muito distante. Realmente fomos pegos de surpresa, principalmente nós, do interior. Lá em Três Lagoas, não sabíamos de nada disso, do movimento separatista ou da lei assinada em 1977. Então, chega em 1979 e a instalação do Estado nos surpreende muito mais. Isso sempre ficou na minha cabeça: de onde saíra a ideia que se concretizava naquele momento?”, explicou na época.

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No total foram dez entrevistas que acabaram rendendo um documentário histórico, com o olhar particular de cada um deles. Participaram do filme Lenilde Ramos, Américo Calheiros, Marília Leite, Yara Penteado, Humberto Espíndola, Jonir Figueiredo, Gelásio Roque, Marisa Machado, Fausto Brites e Douglas Alves Silva.

Confira alguns trechos de depoimentos que constam no documentário:

“Nessa época eu estava trabalhando no Hospital São Julião, e eu não vinha com muita frequência ao centro da cidade, eu não acompanhava mais tão de perto as novidades. E praticamente eu fui pega de surpresa”, disse Lenilde Ramos.

“Eu me mudei para Campo Grande em 1963, e aí nós estávamos no espaço do movimento Guaicuru, que funcionava na Calógeras com a Dom Aquino, e aí fomos para, na via da assinatura, fomos para um movimento que teve na 14, na praça, na cidade, no centro da cidade, todo os segmentos, o povo, foi uma grande manifestação de alegria”, afirmou Jonir Figueiredo.

“Embora nunca tenha tido, de fato, movimentos organizados, em peso, movimentos que abalaram as estruturas políticas, populares, oligárquicas da época, mas sempre tinha alguma coisa acontecendo, e isso desde logo depois daquele momento que se planejava a Constituição Brasileira pós Independência do Brasil”, disse Américo Calheiros.

“Aquelas emoções todas estão lá.  Foi uma forma como eu senti, eu senti de uma forma emocional. Não sabia bem se queria, não sabia bem se não queria, Sabia que estava acontecendo e que lá naquele momento em Cuiabá teve uma má repercussão, enquanto que aqui foi uma festa”, afirmou Humberto Espíndola sobre a criação do Estado de Mato Grosso do Sul.

Karina Lima, Comunicação Setesc
Fotos: Ana Ostapenko
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Em cinco dias, Festival de Inverno proporciona arte, cultura e lazer para 95 mil pessoas

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Com 16 mil pessoas somente no show da dupla Teodoro e Sampaio, o Festival de Inverno de Bonito chegou ao fim levando arte, cultura, entretenimento, movimentação econômica e sustentabilidade para um público de 95 mil pessoas – quatro vezes mais do que a população do município sul-mato-grossense, que é de 23 mil pessoas.

Show de Teodoro e Sampaio reuniu 16 mil pessoas no Palco Lua (foto: Elias Campos)

Para quem queria música, tiveram ainda os shows nacionais de Alexandre Pires, Zé Ramalho, Olodum e Sandra Sá, a apresentação internacional Norberto Cruz (Concerto Gaya), de Portugal, e as apresentações emocionantes da Catedral Erudita.

Com o tema ‘Na terra viva, nossa arte vibra’, não foram só os shows musicais que movimentaram Bonito. Teve danças no chão e nas alturas (com a ajuda de um guindaste), gastronomia, teatro, circo, economia criativa, literatura, circo, exposições, artesanato, oficinas, ações de conscientização, músicas diversas (do clássico ao sertanejo), esportes, cinema infantil, tecnologia, sustentabilidade e inclusão.

Tudo isso de graça, sem necessidade nem mesmo de cadastro. Foi só chegar e prestigiar. A inclusão, aliás, é uma das marcas do Festival de Inverno. Os eventos contaram com tradução simultânea em Libras (Língua Brasileira de Sinais), os stands tiveram acessibilidade e os shows contaram com uma área específica, em uma localização privilegiada, para PcDs (Pessoas com Deficiência).

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Um dos animais mais admirados do Pantanal, onça foi feita com materiais reciclados 

No primeiro destino de ecoturismo carbono neutro do mundo, certificação concedida pela Green Initiatives em 2022, o cuidado com a preservação foi outro ponto forte do festival. O evento contou com reaproveitamento e destinação adequada do lixo, esculturas feitas com material reciclável, e ações e práticas com foco na neutralização de carbono, contribuindo com os objetivos do Programa Estadual de Mudanças Climáticas.

Realizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, o Festival de Inverno de Bonito foi feito para as famílias. Por isso mesmo, pelo 2º ano consecutivo, o Festival Bonitinho marcou presença e se consolidou como parte essencial do evento. É o que contou a bonitense Lucilene Rodrigues, que assistiu uma apresentação de circo “O Grande Salto” com a filha Isabela, de 4 anos.

Lucilene Rodrigues e a filha Isabela curtiram o Festival Bonitinho

“A Isabela adorou a apresentação! O Festival é bem família mesmo. E nesses últimos anos aqui eles têm pensado nas crianças, desde o ano passado. Está muito bom!”. Estava mesmo. Em sua 23ª edição, o Festival de Inverno de Bonito terminou neste domingo (25) depois de movimentar a economia com turismo, ocupação hoteleira e vendas e deixar marcas de prosperidade, sustentabilidade, inclusão e tecnologia.

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Paulo Fernandes, Festival de Inverno de Bonito

Fotos: Álvaro Rezende e Elias Campos (Teodoro e Sampaio)

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