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Deputado Caravina reforça críticas à concessão da BR-163 durante entrega de relatório na ALEMS

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Nesta terça-feira (15), o deputado estadual Pedro Caravina participou da entrega oficial do relatório final da Comissão Temporária de Representação para Acompanhamento da Concessão da BR-163/MS à Presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Integrante da comissão, Caravina reforçou a gravidade das irregularidades encontradas no processo de concessão da rodovia e cobrou providências imediatas dos órgãos competentes.

“O que está acontecendo na BR-163 é inaceitável. A população paga um dos pedágios mais caros do Brasil e, em troca, trafega por uma estrada em péssimas condições, com trechos perigosos e sem duplicação. O contrato foi descumprido e o povo sul-mato-grossense é quem sofre as consequências disso. Esse leilão não pode seguir adiante sem que as falhas sejam esclarecidas e os responsáveis, devidamente punidos”, declarou o deputado.

O relatório entregue à ALEMS reúne os principais resultados das audiências públicas realizadas em diversos municípios do Estado e formaliza uma série de pedidos de providência diante das falhas identificadas. O documento solicita que a Assembleia atue junto ao Ministério Público Federal (MPF), à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) para apurar responsabilidades civis, administrativas e penais da concessionária que assumiu a BR-163 em 2013.

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Além disso, requer a suspensão imediata do leilão de repactuação da concessão, previsto para o dia 22 de maio, até que todas as irregularidades sejam devidamente apuradas. Um dos principais pontos levantados é a não execução da duplicação de 656,3 km da rodovia — obras que deveriam ter sido concluídas até 2018.

“A falta de duplicação compromete a segurança dos usuários, aumenta o custo do transporte para o setor produtivo e representa um desrespeito ao contrato original. É nosso dever, enquanto representantes do povo, cobrar por justiça e responsabilidade”, acrescentou Caravina.

O relatório também propõe a instauração de procedimento investigatório com perícia técnica e contábil, além da exigência do cumprimento integral do escopo original da concessão. A proposta é resultado da atuação conjunta dos deputados membros da comissão, Pedro Caravina, Junior Mochi, Mara Caseiro, Pedro Kemp, Roberto Hashioka e Pedrossian Neto.

As audiências nos municípios afetados ouviram diretamente a população, que relatou os impactos da precariedade da rodovia na vida cotidiana e na economia regional. Esses depoimentos foram consolidados no documento entregue, que agora será encaminhado aos órgãos responsáveis para as devidas providências.

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Com a entrega do relatório, a Assembleia Legislativa reafirma seu compromisso com a transparência, a defesa do interesse público e o rigor na fiscalização de contratos que impactam diretamente a vida da população sul-mato-grossense. A comissão seguirá acompanhando os desdobramentos do caso e cobrando soluções concretas para a BR-163/MS.

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Gastronomia de Fronteira: sabores que contam histórias em Mato Grosso do Sul

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No coração do Pantanal, Festival América do Sul 2025 transforma sabores da fronteira em celebração da cultura, da memória e do afeto

Em Corumbá, onde o Brasil abraça a Bolívia e troca sabores com o Paraguai, a gastronomia se transforma em linguagem universal. No 18º Festival América do Sul, realizado entre os dias 15 e 18 de maio, a culinária é mais do que parte da programação: é uma ponte entre povos, uma herança viva e uma experiência que emociona quem vive e quem visita.

Com influências marcantes das cozinhas fronteiriças e das tradições do interior do Brasil, a gastronomia sul-mato-grossense revela uma identidade própria, feita de histórias, afetos e ingredientes que se encontram no prato e no coração.

Na área gastronômica do festival, aromas se misturam ao som dos shows e à alegria dos visitantes. É onde a boliviana Délia Duran Ribeiro, radicada há mais de 30 anos em Corumbá, compartilha receitas que atravessaram fronteiras junto com ela.

“É muito bom viver em Corumbá. E este Festival está cada vez melhor, mais organizado, mais bonito. Ele é muito importante para nós, porque nos permite vender nossa gastronomia”, diz.

Em sua barraca, a saltenha, a chipa, o majadito e a tradicional chicha, bebida fermentada de milho, fazem sucesso com o público. “As pessoas adoram, especialmente durante o Festival. Mas fora dele, também vendo na minha casa.”

Entre uma mordida e outra, a turista Maria Fernanda Souza, que veio de São Paulo especialmente para o evento, se emociona:

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“Eu nunca tinha provado uma saltenha e ela me surpreendeu. Mas o mais bonito é ver como tudo aqui tem história. As pessoas cozinham com o coração e você sente isso no sabor. É mais do que comida, é cultura viva. Eu estou encantada. Vim pela música, mas a gastronomia me ganhou.”

A diversidade de sabores não para por aí. Dona Arminda Rezende dos Santos, figura tradicional nas ruas de Corumbá, também participa do Festival vendendo delícias que fazem parte do cotidiano da cidade.

“Eu vendo todo tipo de salgado, mas o que mais sai é a chipa, a sopa paraguaia, o bolo de arroz e a saltenha. Todo mundo gosta”, garante.

Sabores que cruzam fronteiras

A presença paraguaia também se sente a cada gole de tereré e a cada pedaço de chipa ou sopa paraguaia. A chipa, semelhante a um pão de queijo em formato de ferradura, é presença garantida em festas, cafés da manhã e lanches por todo o estado. Já a sopa paraguaia, apesar do nome, é um bolo salgado feito de milho, cebola e queijo, uma verdadeira tradição de sabor e memória.

Outro prato que conquistou os corumbaenses é o Pic a lo Macho, petisco boliviano feito com carne, batata frita e queijo, muito servido em bares e restaurantes da cidade. E o bolo de arroz, tradicional da região antes mesmo da divisão dos estados de MS e MT, continua sendo uma das receitas mais queridas pelas famílias locais.

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Peixes, jacaré e identidade regional

Não dá para falar de gastronomia sul-mato-grossense sem mencionar os peixes: pacu, pintado e piraputanga são protagonistas de pratos que encantam moradores e turistas. O famoso pintado ao urucum, por exemplo, nasceu em Corumbá pelas mãos de Mestre João, há cerca de 50 anos, e carrega no nome a cor da terra e a alma da região.

Outra iguaria que chama a atenção é a carne de jacaré, produzida legalmente por criadouros autorizados. Com sabor delicado e surpreendente, ela tem ganhado espaço até na alta gastronomia, sempre com preparo responsável e valorizando os recursos naturais do estado.

Mais que comida: memória, encontro e celebração

No Festival América do Sul, cada barraca é um reencontro com a ancestralidade. Cada prato, uma declaração de amor à terra, às origens e aos afetos. A gastronomia ganha o status de protagonista, contando, através dos temperos as histórias de quem construiu essa cultura com as mãos, o coração e o fogo.

A culinária de Mato Grosso do Sul, celebrada em grande estilo no evento, é muito mais do que alimentação: é uma expressão viva da alma de um povo. Um convite para experimentar a cultura com todos os sentidos. E, acima de tudo, para se emocionar com ela.

Débora Bordin, Ascom FAS 2025
Foto: Ricardo Gomes/Ascom FAS 2025

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