MATO GROSSO DO SUL
Governador sanciona lei de Caravina e oficializa o “Vale da Celulose” em Mato Grosso do Sul
MATO GROSSO DO SUL

Uma das regiões mais estratégicas de Mato Grosso do Sul ganhou nesta segunda-feira (07) um nome à altura de sua importância: “Vale da Celulose”. A nova denominação oficial foi sancionada pelo governador Eduardo Riedel, com base no Projeto de Lei nº 12/2025, de autoria do deputado estadual Pedro Caravina (PSDB), aprovado pela Assembleia Legislativa.
A medida reconhece oficialmente 12 municípios como parte do “Vale da Celulose”: Água Clara, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Cassilândia, Inocência, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas — região que concentra investimentos bilionários e se tornou referência na produção de celulose no Brasil.
O objetivo da iniciativa é consolidar a identidade econômica, social e logística dessa área, impulsionando ainda mais sua visibilidade no cenário nacional e internacional. A expectativa é que o nome seja incorporado em sinalizações, documentos oficiais, estratégias de promoção e campanhas de atração de investimentos.
Para o deputado Caravina, a sanção representa um avanço importante para os municípios da região. “O ‘Vale da Celulose’ passa a ser um símbolo de desenvolvimento. Estamos reforçando uma identidade que já existe na prática e que agora ganha reconhecimento oficial. Isso abre portas para novos investimentos, gera empregos e fortalece toda a cadeia produtiva”, destacou.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o governador Eduardo Riedel também celebrou a nova lei. “Assino esse projeto com muito orgulho. Pode parecer apenas um nome, mas ele dá dimensão à importância da região. Assim como a ‘Rota da Celulose’ chamou a atenção no Brasil e no mundo, o ‘Vale da Celulose’ vai colocar esses municípios no radar dos grandes investidores”, afirmou, referindo-se ao leilão da Rota da Celulose que acontece amanhã em São Paulo.
Com a sanção, o “Vale da Celulose” deixa de ser apenas uma expressão para se tornar uma marca oficial de Mato Grosso do Sul. Uma marca que traduz desenvolvimento, inovação e sustentabilidade — pilares que fazem do estado um dos protagonistas da nova economia verde no Brasil.


MATO GROSSO DO SUL
Gastronomia de Fronteira: sabores que contam histórias em Mato Grosso do Sul

No coração do Pantanal, Festival América do Sul 2025 transforma sabores da fronteira em celebração da cultura, da memória e do afeto
Em Corumbá, onde o Brasil abraça a Bolívia e troca sabores com o Paraguai, a gastronomia se transforma em linguagem universal. No 18º Festival América do Sul, realizado entre os dias 15 e 18 de maio, a culinária é mais do que parte da programação: é uma ponte entre povos, uma herança viva e uma experiência que emociona quem vive e quem visita.
Com influências marcantes das cozinhas fronteiriças e das tradições do interior do Brasil, a gastronomia sul-mato-grossense revela uma identidade própria, feita de histórias, afetos e ingredientes que se encontram no prato e no coração.
Na área gastronômica do festival, aromas se misturam ao som dos shows e à alegria dos visitantes. É onde a boliviana Délia Duran Ribeiro, radicada há mais de 30 anos em Corumbá, compartilha receitas que atravessaram fronteiras junto com ela.
“É muito bom viver em Corumbá. E este Festival está cada vez melhor, mais organizado, mais bonito. Ele é muito importante para nós, porque nos permite vender nossa gastronomia”, diz.
Em sua barraca, a saltenha, a chipa, o majadito e a tradicional chicha, bebida fermentada de milho, fazem sucesso com o público. “As pessoas adoram, especialmente durante o Festival. Mas fora dele, também vendo na minha casa.”
Entre uma mordida e outra, a turista Maria Fernanda Souza, que veio de São Paulo especialmente para o evento, se emociona:
“Eu nunca tinha provado uma saltenha e ela me surpreendeu. Mas o mais bonito é ver como tudo aqui tem história. As pessoas cozinham com o coração e você sente isso no sabor. É mais do que comida, é cultura viva. Eu estou encantada. Vim pela música, mas a gastronomia me ganhou.”
A diversidade de sabores não para por aí. Dona Arminda Rezende dos Santos, figura tradicional nas ruas de Corumbá, também participa do Festival vendendo delícias que fazem parte do cotidiano da cidade.
“Eu vendo todo tipo de salgado, mas o que mais sai é a chipa, a sopa paraguaia, o bolo de arroz e a saltenha. Todo mundo gosta”, garante.
Sabores que cruzam fronteiras
A presença paraguaia também se sente a cada gole de tereré e a cada pedaço de chipa ou sopa paraguaia. A chipa, semelhante a um pão de queijo em formato de ferradura, é presença garantida em festas, cafés da manhã e lanches por todo o estado. Já a sopa paraguaia, apesar do nome, é um bolo salgado feito de milho, cebola e queijo, uma verdadeira tradição de sabor e memória.
Outro prato que conquistou os corumbaenses é o Pic a lo Macho, petisco boliviano feito com carne, batata frita e queijo, muito servido em bares e restaurantes da cidade. E o bolo de arroz, tradicional da região antes mesmo da divisão dos estados de MS e MT, continua sendo uma das receitas mais queridas pelas famílias locais.
Peixes, jacaré e identidade regional
Não dá para falar de gastronomia sul-mato-grossense sem mencionar os peixes: pacu, pintado e piraputanga são protagonistas de pratos que encantam moradores e turistas. O famoso pintado ao urucum, por exemplo, nasceu em Corumbá pelas mãos de Mestre João, há cerca de 50 anos, e carrega no nome a cor da terra e a alma da região.
Outra iguaria que chama a atenção é a carne de jacaré, produzida legalmente por criadouros autorizados. Com sabor delicado e surpreendente, ela tem ganhado espaço até na alta gastronomia, sempre com preparo responsável e valorizando os recursos naturais do estado.
Mais que comida: memória, encontro e celebração
No Festival América do Sul, cada barraca é um reencontro com a ancestralidade. Cada prato, uma declaração de amor à terra, às origens e aos afetos. A gastronomia ganha o status de protagonista, contando, através dos temperos as histórias de quem construiu essa cultura com as mãos, o coração e o fogo.
A culinária de Mato Grosso do Sul, celebrada em grande estilo no evento, é muito mais do que alimentação: é uma expressão viva da alma de um povo. Um convite para experimentar a cultura com todos os sentidos. E, acima de tudo, para se emocionar com ela.
Débora Bordin, Ascom FAS 2025
Foto: Ricardo Gomes/Ascom FAS 2025
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