MATO GROSSO DO SUL
Inteligência e reforço aéreo reforçam segurança em MS e apreensões de drogas crescem 151% no 1º trimestre
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Interação com forças de segurança de outros estados, estudo das estratégias do trágico internacional de drogas e esforço contínuo das tropas com a intensificação de operações até pelo ar. Esses são os ingredientes para Mato Grosso do Sul registrar expressivo aumento de 151% nas apreensões de drogas neste primeiro trimestre, em comparação ao mesmo período de 2024.
Os dados, divulgados pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), apontam que 116,3 toneladas de entorpecentes foram apreendidos pelas forças estaduais de segurança pública, contra 46,2 toneladas no mesmo período no ano passado. A maconha foi a droga de maior volume, com 114,7 toneladas apreendidas entre janeiro e março.
Em seguida aparece a cocaína, com 2,2 toneladas, enquanto a pasta base de cocaína é a terceira mais apreendida, com 1,9 tonelada . O aumento das apreensões foi ainda mais significativo no interior do Estado, onde o crescimento chegou a 164%, com 105,8 toneladas de drogas apreendidas. Em Campo Grande o aumento foi de 68%, com 10,4 toneladas.
Secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira aponta que investimentos do Governo de Mato Grosso do Sul em tecnologia para equipar as forças de segurança com novas viaturas e aeronaves foram essenciais para esse expressivo aumento de apreensões, demonstrando o compromisso da gestão com a área de segurança pública.
“O incremento de 70 novas viaturas para Campo Grande e o aumento das operações policiais e do policiamento aéreo na região sul do Estado contribuíram significativamente para o aumento das apreensões”, diz Videira, explicando ainda que houve aumento das operações em especial na faixa de fronteira com o Paraguai e com a Bolívia. “Este ano levaremos essas operações também para as regiões leste e norte de Mato Grosso do Sul, visando o combate a todos os tipos de crimes, em especial ao tráfico de drogas”, conclui o secretário.
Mudança de estratégia do tráfico
Agir com inteligência é fundamental para que as ações contra o tráfico internacional de drogas sejam efetivas. Diante disto, a interação com outras forças estaduais de segurança e a observação da rotina dos traficantes permitiu que fosse percebida uma mudança importante na estratégia do narcotráfico: as plantações de maconha, antes por safra, agora são feitas o ano inteiro no Paraguai e na Bolívia, aumentando a oferta da droga que é transportada para o Brasil.
“A troca de informações e o uso de tecnologias de ponta foram determinantes para o aumento das apreensões”, destaca o diretor do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), tenente-coronel Wilmar Fernandes. A colaboração de forças de estados vizinhos, como São Paulo, Paraná, Goiás, Minas Gerais, e também de Santa Catarina, tem sido um fator crucial para adoção de novas estratégias para combater o crime organizado em Mato Grosso do Sul.
Comandante do Batalhão de Polícia Militar Rodoviária, major Vinicius de Souza Almeida frisa que a Operação Protetor da Fronteira tem tido impacto positivo para a segurança pública sul-mato-grossense.
A operação é uma ação do Ministério da Justiça que permite o aumento no efetivo policial estadual e o reforço dessas equipes de combate ao tráfico.
“O incremento no efetivo e o fortalecimento das equipes Tático Ostensivo Rodoviário [a chamada TOR], junto ao uso de inteligência, têm sido fundamentais para intensificar as apreensões”, afirma o major. Outro que ressalta a importância do aumento das operações é o delegado titular da Denar (Delegacia Especializada na Repressão ao Narcotráfico, Hoffman D’Ávila.
“Essas operações não apenas combatem o tráfico de drogas, mas também reduzem crimes patrimoniais, que frequentemente estão associados. Além disso, a integração das polícias estaduais com as forças de outros estados, especialmente por meio da Renarc (Rede Nacional de Combate ao Narcotráfico), e o investimento do Governo de Mato Grosso do Sul em inteligência e equipamentos têm sido essenciais para o sucesso das operações”, finaliza ao comentar sobre o efeito direto das operações ao aumento de apreensões.
Comunicação Sejusp
Fotos: Arquivo/Sejusp


MATO GROSSO DO SUL
Deputado Caravina reforça críticas à concessão da BR-163 durante entrega de relatório na ALEMS

Nesta terça-feira (15), o deputado estadual Pedro Caravina participou da entrega oficial do relatório final da Comissão Temporária de Representação para Acompanhamento da Concessão da BR-163/MS à Presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Integrante da comissão, Caravina reforçou a gravidade das irregularidades encontradas no processo de concessão da rodovia e cobrou providências imediatas dos órgãos competentes.
“O que está acontecendo na BR-163 é inaceitável. A população paga um dos pedágios mais caros do Brasil e, em troca, trafega por uma estrada em péssimas condições, com trechos perigosos e sem duplicação. O contrato foi descumprido e o povo sul-mato-grossense é quem sofre as consequências disso. Esse leilão não pode seguir adiante sem que as falhas sejam esclarecidas e os responsáveis, devidamente punidos”, declarou o deputado.
O relatório entregue à ALEMS reúne os principais resultados das audiências públicas realizadas em diversos municípios do Estado e formaliza uma série de pedidos de providência diante das falhas identificadas. O documento solicita que a Assembleia atue junto ao Ministério Público Federal (MPF), à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) para apurar responsabilidades civis, administrativas e penais da concessionária que assumiu a BR-163 em 2013.
Além disso, requer a suspensão imediata do leilão de repactuação da concessão, previsto para o dia 22 de maio, até que todas as irregularidades sejam devidamente apuradas. Um dos principais pontos levantados é a não execução da duplicação de 656,3 km da rodovia — obras que deveriam ter sido concluídas até 2018.
“A falta de duplicação compromete a segurança dos usuários, aumenta o custo do transporte para o setor produtivo e representa um desrespeito ao contrato original. É nosso dever, enquanto representantes do povo, cobrar por justiça e responsabilidade”, acrescentou Caravina.
O relatório também propõe a instauração de procedimento investigatório com perícia técnica e contábil, além da exigência do cumprimento integral do escopo original da concessão. A proposta é resultado da atuação conjunta dos deputados membros da comissão, Pedro Caravina, Junior Mochi, Mara Caseiro, Pedro Kemp, Roberto Hashioka e Pedrossian Neto.
As audiências nos municípios afetados ouviram diretamente a população, que relatou os impactos da precariedade da rodovia na vida cotidiana e na economia regional. Esses depoimentos foram consolidados no documento entregue, que agora será encaminhado aos órgãos responsáveis para as devidas providências.
Com a entrega do relatório, a Assembleia Legislativa reafirma seu compromisso com a transparência, a defesa do interesse público e o rigor na fiscalização de contratos que impactam diretamente a vida da população sul-mato-grossense. A comissão seguirá acompanhando os desdobramentos do caso e cobrando soluções concretas para a BR-163/MS.
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