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BID apresenta Plano Mestre com diretrizes aos governos regionais para viabilizar a Bioceânica

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Facilitação do comércio e processos transfronteiriços; Infraestrutura física e digital voltada para cadeias de valor e Desenvolvimento produtivo local e comercial. Esses são os pilares do PM-CBC (Plano Mestre Regional para a Integração e Desenvolvimento do Corredor Bioceânico de Capricórnio), apresentado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) no final da tarde de terça-feira (19) no segundo dia do Seminário Internacional da Rota Bioceânica.

A apresentação foi conduzida por Morgan Doyle, representante do BID, que destacou o potencial estratégico do corredor para a conectividade e o desenvolvimento econômico da região. “O BID está comprometido em apoiar iniciativas que fortaleçam a conectividade e a competitividade da América do Sul. Esse Plano Mestre visa fortalecer a conectividade e impulsionar o crescimento econômico entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, afirmou Doyle.

Financiado pelo BID com um aporte de US$ 600 mil, o Plano vai apontar possíveis caminhos e soluções para modernizar a infraestrutura portuária, rodoviária e de fronteiras ao longo do corredor e, também, tratar da harmonização regulatória e facilitação comercial, promovendo maior integração entre os países.

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Para sua elaboração foram contratadas, pelo BID, empresas de consultoria especializadas, responsáveis por realizar diagnósticos regionais, coletar e analisar dados, conduzir entrevistas e oficinas com stakeholders locais, além de desenvolver um plano de ação para orientar políticas públicas e investimentos na região.

Com prazo de 36 meses de execução, a elaboração do plano está em fase de diagnóstico e definição de estratégias para infraestrutura, desenvolvimento produtivo e comércio transfronteiriço. A etapa diagnóstica envolveu trabalho do BID juntamente com o Estado de Mato Grosso do Sul; região de Antofagasta e Tarapacá, no Chile; Províncias de Salta e Jujuy, na Argentina); Departamentos de Boquerón, Alto Paraguai e Presidente Hayes, no Paraguai.

Entre os próximos passos, destacam-se a realização de reuniões bilaterais e um plano de ação para eliminar entraves logísticos e regulatórios. Além disso, serão priorizados investimentos públicos e privados em setores estratégicos, como agropecuária, mineração e energia, incentivando o crescimento de pequenas e médias empresas ao longo do trajeto da Rota. O documento final deverá ser apresentado e validado no próximo Foro de Governadores do Corredor Rodoviário Bioceânico.

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O Seminário Internacional da Rota Bioceânica foi realizado pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), em parceria com o Sebrae-MS e Fiems e teve a participação de 1600 pessoas, de 22 países, em debates com autoridades, especialistas e representantes do setor privado, reforçando o compromisso da integração como motor de desenvolvimento das regiões abrangidas pela Rota no Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.

Marcelo Armôa, Comunicação Semadesc
Fotos: Mairinco de Pauda/Semadesc

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Com apoio da Fundect, campo experimental avalia sustentabilidade agrícola na Rota Bioceânica

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Projeto de pesquisa liderado pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) está avaliando a sustentabilidade de diferentes culturas para recuperação de pastagens degradadas em Porto Murtinho (MS), município estratégico na Rota Bioceânica.

A iniciativa é resultado da criação da primeira Unidade Experimental de Pesquisa da rota, com investimento de R$ 1,5 milhão da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), vinculada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

A recuperação de pastagens degradadas é uma política do governo de Mato Grosso do Sul para promover a produção sustentável, sem expansão sobre vegetação nativa, garantindo a proteção do meio ambiente enquanto promove o desenvolvimento econômico.

No Estado, segundo a Semadesc, existem 12 milhões de hectares de pastagens degradadas, sendo 4,7 milhões que poderão ser trabalhados com algum tipo de atividade, seja agricultura, pecuária, sistemas agroflorestais, ou silvicultura.

Porto Murtinho é o segundo maior município do Estado, com uma área de 1,7 milhão de hectares, ficando atrás apenas de Corumbá. Cerca de 60% de seu território está inserido no bioma Pantanal, área protegida por legislação ambiental. Os mais de 700 mil hectares restantes são passíveis de aproveitamento econômico mediante sistemas sustentáveis de produção.

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Ricardo Gava, engenheiro agrícola e coordenador do projeto, destaca que a área fora do bioma é maior que o município de Maracajú, ou ainda duas vezes maior que Chapadão do Sul, com pastagens degradadas que merecem atenção.

“O uso eficiente dessas terras reduz a pressão por expansão sobre áreas sensíveis do Pantanal. Por meio de práticas sustentáveis, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), podemos não apenas melhorar o desenvolvimento econômico e a qualidade de vida das famílias locais, como também contribuir para a preservação ambiental”, reforça o pesquisador.

A unidade experimental está localizada a 40 quilômetros do centro urbano, em uma área de dois hectares na bacia hidrográfica do rio Apa. Os solos da região são naturalmente férteis, mas apresentam limitações, como adensamento superficial devido ao acúmulo de argila e formação de um horizonte endurecido em períodos secos.

“Essas condições favorecem o surgimento de lençois d’água suspensos, aumentando a frequência de inundações e a salinização, o que torna essencial a adoção de manejos adaptados às características locais”, pontua Gava.

Entre as espécies já avaliadas estão quatro variedades de braquiária (Ruziziensis, Decumbens; Xaraés-MG5 e Marandú), além de milheto, algodão e soja. Os testes foram conduzidos com e sem aplicação de fertilizantes químicos, permitindo avaliar a viabilidade de sistemas produtivos com menor impacto ambiental.

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Professor e pesquisador do campus da UFMS em Chapadão do Sul, onde desenvolve diversos projetos, Ricardo Gava realiza também o cruzamento de dados entre as duas regiões, o que permite comparações relevantes quanto à adaptação das culturas em distintos contextos climáticos.

“Enquanto em Porto Murtinho as altitudes chegam a menos de 100 metros em relação ao nível do mar, com temperaturas que frequentemente ultrapassam os 50 °C, Chapadão do Sul está no divisor topográfico mais alto do Estado, próximo aos 900 metros de altitude, com clima mais ameno. O estudo comparativo pode ajudar a identificar cultivares mais resilientes às mudanças climáticas”.

Além da pesquisa, a unidade também atua como centro de formação e intercâmbio científico, envolvendo estudantes de graduação e pós-graduação, além de pesquisadores e produtores rurais do Brasil e do Paraguai. “A troca de experiências tem fortalecido o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis na Rota Bioceânica e as pesquisas têm mostrado o potencial de uma nova fronteira de produção agrícola”, conclui Ricardo Gava.

Maristela Cantadori, Comunicação Fundect
Fotos: Arquivo pessoal/Ricardo Gava

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