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Mato Grosso do Sul tem produção recorde de etanol e avança na descarbonização do setor bioenergético

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O setor bioenergético entra em uma nova etapa em Mato Grosso do Sul. A cana-de-açúcar divide espaço com o milho na geração de energia, e o investimento em descarbonização avança nas indústrias, com 22 usinas operando e cerca de 30 mil empregos diretos gerados nessa atividade.

Segmento essencial dentro dos eixos econômicos de desenvolvimento do Governo do Estado, a bioenergia está totalmente alinhada ao projeto Carbono Neutro em 2030. Atualmente todas as usinas bioenergéticas em operação estão certificadas no RenovaBio, um dos maiores programas de descarbonização do mundo.

A partir do programa, foi possível mensurar que de 2020 a 2024 a produção de etanol evitou a emissão de 13,7 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, equivalente a 89 milhões de árvores plantadas. Além disso, o segmento registrou produção histórica de 4,2 bilhões de litros de etanol na safra 2024/25, mantendo o estado como quarto maior produtor do país.

Os números foram divulgados pela Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), durante a abertura oficial da Expocanas 2025, realizada ontem (25) em Nova Alvorada do Sul. Nesta manhã de quarta-feira (26), o governador Eduardo Riedel visita a Expocanas no período da manhã.

Expocanas foi aberta na manhã de terça com a presença de autoridades e emrpesários em Nova Alvorada do Sul

Representando o governador Eduardo Riedel, o secretário estadual Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) participou da abertura da Feira, que teve mais de 120 expositores. Apesar de uma redução de 5,1% na quantidade de cana processada, que totalizou 48,5 milhões de toneladas, a produção de etanol registrou aumento de 10% em relação à safra anterior.

O avanço foi impulsionado pelo etanol de milho, que atingiu participação expressiva de 37% no total produzido. Já a produção de açúcar se manteve estável em 2 milhões de toneladas, com ligeiro aumento de 0,1%.

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O evento, realizado pela Sulcanas (Associação Sul-mato-grossense de Cana) com apoio da Biosul, já faz parte do calendário oficial de eventos do Estado.

Em um formato de feira multisetorial, o evento é o ponto de encontro de fornecedores de cana-de-açúcar e outras matérias-primas como milho, soja e sorgo, usinas de bioenergia, empresas de insumos e máquinas agrícolas, laboratórios, centros pesquisas de variedades de cana, consultorias ambientais e entidades do setor produtivo, além de atrair visitantes de diversas localidades do país.

Feira tecnológica acontece até quinta-feira e tem mais de 100 expositores de máquinas, equipamentos e insumos

Com expectativa de atrair 8 mil pessoas, a Expocanas traz como proposta reunir em uma só lugar o que há de mais novo em tecnologias, inovação, pesquisas e práticas sustentáveis de produção adotadas pelo setor de Bioenergia.

Participaram da solenidade de abertura o secretário-executivo de Desenvolvimento Sustentável, Rogértio Beretta, o senador Nelsinho Trad, o superintendente federal de Agricultura, José Antônio Roldão, os deputados estaduais Pedro Pedrossian Neto e Zé Teixeira, o diretor-presidente do Sebrae, Cláúdio Mendonça, o diretor do Senai, Rodolfo Mangiolardo, o chefe da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira, o prefeito de Nova Alvorada do Sul, José Paleari, o diretor-tesoureiro da Famasul, Frederico Valente e inúmeras autoridades.

Avanços

Durante seu discurso, o secretário Jaime Verruck elogiou a organização do evento que começou pequeno, e hoje na sua terceira edição cresce para se tornar uma feira de referência nacional.

“O setor de bioenergia é um dos eixos estruturantes da política de desenvolvimento do Estado. E o Governo definiu como prioritário em investimentos, porque temos competitividade, assim como nas florestas e na proteína animal. Por isso o Governo buscou atrair indústrias de etanol de milho e isso tem garantido um salto na produção de bioenergia de milho de 37% no Estado”, salientou.

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Para o Presidente da Biosul, Amaury Pekelman, dois fatores foram determinantes para o ciclo da bioenergia em 2024/2025.

“A complementaridade do etanol de milho, que trouxe um salto tecnológico e estratégico para a produção do biocombustível. Outro aspecto importante foi a resiliência do setor, que mesmo com a redução na moagem de cana devido a eventos climáticos adversos, manteve sua capacidade produtiva e gerou resultados importantes”, avaliou.

Para a safra 2025/2026, que se inicia em 1º de abril, às projeções indicam recuperação de 3,5% na moagem de cana, com expectativa de processamento de 50,5 milhões de toneladas. A produção de etanol deve se aproximar de 4,7 bilhões de litros, volume 11% maior em relação ao ciclo atual.

Estimativa positiva também para a produção de açúcar, que prevê a produção de 2,6 milhões de toneladas (+30%) na próxima temporada.

“O setor está em um momento importante de expansão, com novos investimentos e ampliação do portfólio de produtos. A Expocanas é um espaço estratégico para reforçarmos parcerias e mostrarmos ao Brasil que Mato Grosso do Sul está na vanguarda da bioenergia, gerando desenvolvimento econômico e sustentável”, concluiu o presidente.

Secretário é homenageado


O secretário Jaime Verruck foi homenageado pela diretoria da Embrapa Agropecuária Oeste e da TCH Gestão Agrícola pelos importantes serviços prestados em prol da produção canavieira de Mato Grosso do Sul.

O certificado foi entregue pelo chefe da Embrapa de Dourados Harley Nonato de Oliveira e José Trevelin Jr da TCH Agrícola. O reconhecimento vem também pelo apoio aos 10 anos do ‘Ciclos de Seminários Agrícolas CanaMS’.

Rosana Siqueira, Comunicação Semadesc
*com informações da Biosul
Foto de capa: Álvaro Rezende/Secom
Internas: Mairinco de Pauda/Semadesc

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PSA Pantanal vai destinar R$ 1,4 bi por ano para quem ajudar a preservar o bioma e combater incêndios

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O Governo de Mato Grosso do Sul vai remunerar quem preserva o Pantanal. A medida vale para produtores rurais, comunidades tradicionais, organizações de sociedade civil, entre outros, que poderão apresentar projetos para realizar ações de recuperação do meio ambiente e receber, anualmente, uma renda extra por meio de programas de PSA (Pagamento por Serviço Ambiental).

A iniciativa, inédita no País, foi lançada nesta quinta-feira (27) dentro do Pacto pelo Pantanal, o maior programa brasileiro de conservação por meio do desenvolvimento, que prevê R$ 1,4 bilhão em recursos para manter o Bioma brasileiro que conta com 84% de sua vegetação preservada, em harmonia.

O lançamento ocorreu no Bioparque Pantanal e contou com a presença do ministro substituto do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, do governador Eduardo Riedel, o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o secretário-adjunto Artur Falcette, entre outras autoridades.

Os editais de PSA fazem parte do Fundo Clima Pantanal, que foi criado pela Lei do Pantanal, de dezembro de 2023. O objetivo é promover o desenvolvimento sustentável do bioma e gerenciar as operações financeiras destinadas a Programas de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) na planície pantaneira, e também a conservação de ecossistemas, como parte do PESA (Programa Estadual de Serviços Ambientais).

O Fundo Clima do Pantanal, que já conta com R$ 40 milhões do Governo do Estado, recebeu hoje, durante a cerimônia, o aporte de mais R$ 100 mil, da Famasul.

O primeiro e maior deles, é o PSA Conversação e Biodiversidade que vai remunerar quem preserva além do mínimo estabelecido por lei. Pela legislação, todo produtor rural deve manter uma quantidade mínima de vegetação nativa na sua propriedade.

Mas, a partir de agora, quem tiver áreas de preservação excedentes receberá por esse adicional. Ou seja, nessas áreas, onde também se cria gado no Pantanal, o produtor terá agora uma segunda fonte de receita.

O valor a ser pago será de R$ 55 por hectare por ano, para manutenção das áreas, podendo chegar até R$ 100 mil por propriedade. Os projetos serão monitorados e acompanhados pela fiscalização do Governo. “A meta é preservar mais, ser remunerado, sem deixar que isso interfira na rentabilidade da fazenda”, destacou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

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Combate aos incêndios

Já o PSA Brigadas vai remunerar os projetos que tenham a finalidade de prevenção e combate aos incêndios. Eles serão avaliados e receberão recursos do Governo do Estado para sua estruturação, aquisição de equipamentos e formação de brigadas. Esse programa poderá contemplar comunidades tradicionais, organizações da sociedade civil, produtores rurais, entre outros.

O secretário-adjunto Artur Falcette explicou que os programas estarão vigentes para 2025 e 2026.

“No PSA Brigadas para combate aos incêndios florestais, o Governo do Estado vai receber projetos de comunidades indigenas, organizações da sociedade civil, produtores, entre outros, de prevenção e combate aos incêndios. O Governo vai ajudar estes projetos, transferindo recursos para estas organizações para que possam se formalizar junto ao Corpo de Bombeiros como brigadistas. A ideia é que eles possam formar estas brigadas e também se equipar para atuar nesta frente de prevenção e combate a incêndios”, explicou Falcette.

O edital para parceiro executor do PSA será publicado para selecionar uma organização da sociedade civil responsável pela operacionalização do programa. A partir de junho, os produtores rurais poderão se inscrever para os dois primeiros anos do PSA Conservação.

“Quanto mais recursos, maior a capacidade de absorver projetos, maior o potencial de remunerar e garantir a perpetuidade de áreas de preservação e de prevenir contra incêndios. Preservar o Pantanal é um desafio de todos”, citou Falcette.

Licenças de supressão

Também foi anunciada medida relacionada às Licenças Ativas de Supressão Vegetal em propriedades rurais na região pantaneira. A licença de supressão é um documento emitido pelo órgão ambiental responsável que autoriza a remoção de vegetação de uma determinada área.

No evento Pacto pelo Pantanal, o Governo do Estado anunciou que vai remunerar os produtores que desejarem abrir mão dessa autorização e solicitarem o cancelamento da licença.

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“Aqueles produtores que já têm essas licenças emitidas e quiseram abrir mão da supressão, serão remunerados. É mais uma fonte de remuneração além do PSA Conservação e Biodiversidade”, informou o secretário adjunto Artur Falcette.

O Governo vai permitir, que voluntariamente, os produtores devolvam estas licenças e sejam indenizados. “Estas duas ações representam a aplicação do Fundo para 2025 e 2026. Queremos receber muitas doações e contribuições, porque quanto maior for este programa será maior a capacidade de preservar o Pantanal”, acrescentou.

Exemplo para o País

O ministro adjunto de Meio Ambiente destacou em seu pronunciamento, o exemplo de Mato Grosso do Sul em criar o Pacto pelo Pantanal e em especial a atuação do titular da Semadesc, Jaime Verruck.

“Quero destacar aqui o trabalho excepcional do secretário Jaime Verruck, que fez uma parceria desde o início conosco. Você representa o espírito colaborativo de integração, troca de informações e transparência”, elogiou.

Durante a solenidade, o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, anunciou a doação de R$ 100 mil ao Fundo Clima Pantanal, tornando-se a primeira instituição a apoiar a iniciativa do Governo do Estado.

“Sempre defendi que houvesse um reconhecimento pelo trabalho dos produtores rurais no Pantanal. Não é justo que essa conta fique apenas com eles. Por isso, fizemos essa doação, porque acreditamos nesse projeto”, afirmou Marcelo Bertoni, presidente da Famasul.

O Governo vai lançar nos próximos dias, um edital de seleção de instituição parceira para executar o programa junto com o Estado.

“A partir disso a gente vai construir com essa instituição a abertura das inscrições que vai acontecer entre o final de maio e o começo de junho. Então vamos criar as inscrições, o site, todo o programa, como é que ele vai funcionar especificamente o programa de conservação e biodiversidade. Feito isso, esse ano vamos fazer 2025 e o 2026. Então relativo a 2025, os produtores rurais vão receber ainda em 2025. A expectativa é que os valores sejam pagos até novembro e 2026 eles devem receber no meio do ano”, finalizou o secretário-adjunto.

Rosana Siqueira, Comunicação Semadesc
Fotos: Mairinco de Pauda/Semadesc

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