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Com inovação, MS se destaca nacionalmente e apoia pesquisas e empreendedores sociais
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Com investimentos e apoio oferecido em diferentes áreas, o Governo de Mato Grosso do Sul se destaca no ranking dos estados que oferecem maior apoio aos empreendimentos inovadores. Mato Grosso do Sul ocupa o 3° lugar no cenário nacional em número de empreendimentos inovadores em relação à sua população – atrás somente do Rio Grande do Sul e Rondônia.
Os dados são do CLP (Centro de Liderança Pública) e integram o ranking de competividade dos estados. Na classificação do CLP, foram observados o número de aceleradoras, incubadoras, parques tecnológicos e parques científicos vinculados à Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) para cada 1 milhão de habitantes.
Para quem é beneficiado por programas que oferecem apoio a empreendimentos inovadores, como o Tecnova e o Centelha, da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia), o investimento realizado pelo Estado possibilita meios de crescimento para novos negócios.
“Esses recursos permitem que a gente possa finalizar os nossos estudos para chegar ao mercado, e gerar renda. Temos exemplos de estados que estão investindo em inovação há bastante tempo, e o retorno é grande. Quando a gente tem um investimento, como vem acontecendo aqui, ocorre uma mudança de cenário. Hoje o Governo do Estado tem esse olhar, eu tenho certeza que com o tempo a gente vai ter muita indústria saindo daqui, estamos falando de mercados gigantes”, disse a pesquisadora Denise Bretan, farmacêutica e professora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
A pesquisadora é uma das responsáveis pela Arandu Biotecnologia, inova ao desenvolver um corante vermelho intenso, natural, obtido com tecnologia limpa, seguro à saúde e de origem pantaneira. A substância vermelha produzida pelo microrganismo encontrado no Pantanal tem vantagens físico-químicas em relação a outros corantes, como cor intensa, estabilidade e solubilidade em água, características interessantes para os mercados alimentício, cosmético e até têxtil.
“A ideia dos microrganismos de um tempo para cá, ele vem sendo aplicado para os mais diferentes mercados, justamente porque eu consigo fazer isso aqui, que é cultivar em laboratório. Eu não preciso plantar, não preciso ter uma área”, explicou Denise.
O programa Tecnova promove o desenvolvimento econômico, social e tecnológico, incentivando empresas a propor projetos para produtos ou serviços inovadores. Já o programa Centelha estimula a criação de empreendimentos inovadores e a disseminação da cultura empreendedora.
Em outro ambiente de inovação, a linha e a agulha são os objetos que contribuíram para que um grupo de costureiras pudesse mudar a própria realidade. Tudo começou com o sonho de Ivani Grance, antropóloga, empreendedora e educadora social, que iniciou o projeto “República das Arteiras” para reunir costureiras e consumidores, que posteriormente passou a receber investimentos do Governo do Estado e se tornou uma startup.
“Surgiu da necessidade do consumidor que não encontra esse serviço facilmente. São pessoas de corpos grandes, corpos diversos, projetos de cultura, criadores de moda autoral, que às vezes precisa de um serviço específico e não encontra. Encontra a costureira que faz camisetas em grande quantidade, uniformes, mas aquele projeto mais elaborado e personalizado é mais difícil de encontrar essa mão de obra”, explicou Ivani.
O grande investimento do grupo ocorreu na época da pandemia, e atualmente a plataforma do projeto conta com 145 costureiras em Campo Grande e também em Pernambuco. “Na pandemia, a plaquinha no portão foi por ralo abaixo, mas todo mundo precisava de máscaras. A partir daí começamos o coletivo comum modelo de coworking, trabalhando em rede colaborativa com outras profissionais”, disse a empreendedora.
E foi assim que a costureira Nalva Santos, 52 anos, também começou a mudar. Ela era funcionária de uma confecção, e passou a atender de forma independente no Bairro Nova Lima. Mas quando se uniu a República das Arteiras, tudo melhorou.
Atualmente ela mantém o ateliê em um endereço privilegiado de Campo Grande – na Rua Rio Grande do Sul, na esquina com a Avenida Mato Grosso – e emprega outras três costureiras além de profissionais que prestam serviços diversos. “Hoje tenho um sucesso que não tinha imagino e a responsável por isso é a República das Arteiras. Eu estava pronta de desistir, mas deu certo depois de uma visita da Ivani. Eu posso falar que cresci mentalmente, fisicamente, a minha autoestima, tudo de bom desenvolveu na minha vida”, disse Nalva.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Fotos: Bruno Rezende
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Sustentabilidade: Governo de MS moderniza controle de queimadas e fortalece prevenção a incêndios florestais
O Governo de Mato Grosso do Sul se antecipa ao período de maior risco para ocorrência de incêndios florestais e anuncia medidas que modernizam o processo de licenciamento do Manejo Integrado do Fogo (MIF), que consiste na autorização para que o proprietário rural realize queimadas controladas em sua propriedade.
A medida visa reduzir a biomassa presente nas propriedades rurais, sobretudo na região do Pantanal, e dessa forma evitar que ocorram incêndios no período de inverno, quando a estiagem prolongada, a baixa umidade do ar e temperaturas elevadas criam o ambiente ideal para propagação descontrolada do fogo.
A modernização do licenciamento do Manejo Integrado do Fogo é um processo natural, conforme explicou o diretor presidente do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), André Borges, com base no que foi observado nos últimos anos em que a medida vem sendo aplicada no Estado.
“Estamos discutindo as mudanças a serem feitas no processo de licenciamento, atendendo a demandas dos proprietários rurais, ouvindo as entidades de classe que os representam, também o Ministério Público, técnicos e outros agentes envolvidos. Nessa semana ainda teremos uma reunião ampliada para avançar no assunto”, afirmou Borges.
O detalhamento do processo de licenciamento para uso do fogo está na Portaria Imasul 1.259, de junho de 2023. Essa portaria institui o procedimento administrativo para obtenção de Autorização Ambiental para execução do Plano de Manejo Integrado do Fogo, como o formato do projeto, os documentos necessários e outras providências, que variam de acordo com a localização da propriedade. Essa portaria será alvo de alterações no processo de modernização do MIF.
Agilidade e eficiência
A modernização no processo de licenciamento dará mais agilidade nas ações de prevenção contra incêndios, tendo em vista que o uso controlado do fogo só pode ser feito num período curto, que vai desde o fim das chuvas até o início do inverno, quando as condições do tempo já não permitem que se execute a medida com segurança, ponderou o secretário-adjunto da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Artur Falcette, que acumula a função de secretário-executivo de Meio Ambiente.
“A adequação ocorre naturalmente, na medida em que pontos vão sendo evidenciados, surgem demandas da sociedade em geral e do setor produtivo especificamente. Estamos analisando todo procedimento em vigência e vendo o que pode ser dinamizado, o que pode ser alterado, de forma a preservar os cuidados para evitar que o fogo se propague e, ao mesmo tempo, que o processo possa acontecer em segurança e com a rapidez que a situação impõe”, ponderou Falcette.
A medida foi comemorada pelo setor produtivo, que enxerga ganhos substanciais para a economia pantaneira e para o meio ambiente como um todo. O presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Gilson Barros, enfatiza que o pantaneiro sempre usou essa técnica historicamente, para evitar as sobras de matéria orgânica em partes da fazenda.
“Quando começava as chuvas, em intervalos de seca, ia queimando, uma área de cinco hectares aqui, dois hectares ali. Isso depois que começam as chuvas, em novembro, em outubro, se já tiver chovido. Isso evitava os grandes incêndios”, afirmou.
Com a proibição da queima no Pantanal houve um acúmulo de matéria orgânica seca e o ambiente se tornou propício a incêndios. “Hoje, já se reconhece a necessidade da queima controlada. É muito melhor queimar 1% da fazenda durante a época das chuvas na época das chuvas para evitar que 70%, 80% queime na seca. O que o pantaneiro que é que se incentive as queimas controladas. O Pantanal é uma savana e toda savana é sujeita a fogo”, completou.
O presidente da Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul), Marcelo Bertoni, considerou positiva a modernização das regras do Manejo Integrado de Fogo, destacando, sobretudo, a possibilidade da retirada da taxa para execução dessa atividade.
“Isso vai trazer para o produtor rural uma segurança jurídica e também uma facilitação para que tenha na sua propriedade a queima controlada. Isso é importante para o Estado inteiro e, principalmente, para o Pantanal, onde o produtor tem uma ferramenta que ele possa usar para diminuir a massa seca das suas propriedades, reduzindo a intensidade de eventual incêndio florestal que possa vir a ocorrer”, avaliou.
Pioneirismo
Mato Grosso do Sul é pioneiro em nível nacional na regulamentação do manejo do fogo para uso em propriedades privadas. O decreto 15.654 que instituiu o Plano Estadual de Manejo Integrado do Fogo (Pemif) foi editado em 15 de abril de 2021. No ano passado, em julho, o Governo Federal baixou a Lei 14.944, ampliando a medida para todo o Brasil.
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, destaca a estrutura criada pelo Governo do Estado a partir das experiências impactantes dos incêndios ocorridos em 2020 no Pantanal, para prevenir e enfrentar o problema.
“O Pemif introduziu uma série de medidas para a prevenção, preparação, resposta e responsabilização em relação aos incêndios florestais. Uma das inovações mais significativas foi a criação da Sala de Situação de Informações Sobre Fogo, que centraliza dados e análises para auxiliar na formulação e execução de políticas públicas. Este centro de monitoramento permite uma resposta rápida e eficiente, integrando diversas agências governamentais e a sociedade civil”, disse Verruck.
O plano estadual visa reduzir os impactos dos incêndios florestais e do uso não autorizado e indevido do fogo, fazendo o manuseio de forma controlada e segura. Dessa forma, pretende-se reduzir a incidência, intensidade e a severidade de incêndios florestais; promover o processo de educação ambiental, utilizando o fogo como ferramenta para erradicação de espécies exóticas e invasoras, quando consideradas indesejadas; e também destruir o acúmulo de biomassa, adotando todas as medidas para controlar o fogo e impedir que avance para áreas não demarcadas.
Tecnologia
O Imasul dispõe, ainda, de um sistema de inteligência digital para identificar as áreas com acúmulo de biomassa e orientar a queima controlada. O Sifau (Sistema de Inteligência do Fogo em Áreas Úmidas) é um programa de geotecnologia desenvolvido em cooperação técnica pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e a Wetlands Internacional no Brasil.
Consiste em uma plataforma composta de diversas camadas de mapas que fornecem informações sobre o tipo de vegetação, a quantidade de biomassa acumulada, a previsão de perigo de fogo no local e nos arredores e o histórico de incêndios na propriedade que pretende aplicar o MIF.
João Prestes, Comunicação Semadesc
Foto de capa: Bruno Rezende/Secom
Interna 1: Arquivo/Semadesc
Interna 2: Álvaro Rezende/Secom
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