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Cidadania: Carreta Digital vira sala de aula em Mato Grosso do Sul para ensinar juventude indígena

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Os olhos estão atentos ao que o professor apresenta. Por mais que ninguém tire a mão do celular hoje em dia, conhecer o interior do aparelho é novidade para os 25 alunos da nova turma do curso de manutenção de celulares. A Carreta Digital estacionada no Instituto Mirim, em Campo Grande, abriu as portas na segunda-feira (3), para tornar a juventude indígena especialista em manutenção de celular.

Iniciativa da RCIP (Rede Brasileira de Certificação Pesquisa e Inovação), em parceria com o Ministério das Comunicações e a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), o curso tem o apoio da SEC (Secretaria de Estado da Cidadania) que tem feito a mobilização para levar a carreta até a população indígena e quilombola.

Curso garante certificado de especialista em manutenção de celulares. (Foto: Paula Maciulevicius/SEC)
Primeira aula inclui apresentação das ferramentas usadas no dia a dia da manutenção. (Foto: Paula Maciulevicius/SEC)

O principal objetivo da Carreta Digital é promover a inclusão digital e a capacitação profissionalizante itinerante de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

Dividido em três dias, o curso tem carga horária de 10h/aula com emissão de certificado. Entre o conteúdo programático, os alunos aprendem especificações gerais, apresentação de ferramentas, configuração e formatação de aparelhos, troca de peças e manutenção preventiva.

Indígenas terena, Carlos Eduardo, de 15 anos, e Kauã Rodrigues, 16, ficaram sabendo da formação depois que a divulgação chegou até a aldeia Marçal de Souza. Interessados em aprender e quem sabe se descobrir em uma profissão, os amigos seguem empolgados.

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Kauã e Carlos Eduardo são participantes do curso de manutenção de celulares. (Foto: Paula Maciulevicius/SEC)

“Eu imaginava, mas vindo aqui é bem diferente do que pensei. Acredito que se a gente se esforçar e se dedicar, pode até ser um trabalho depois”, comenta Carlos. O amigo completa dizendo que apesar de ter uma noção, é ali que tem aprendido mais. “As aulas estão muito interessantes, estamos aprendendo muita coisa”, diz.

Um dos mais novos do curso, Samuel Moreira, de 14 anos, também adolescente indígena terena, conta que além de serem aulas boas e didáticas, espera aprender a mexer sozinho no aparelho. “Às vezes eu quebro meu celular, e tem que ir lá no Centro arrumar, então aprendendo, pode ser que eu mesmo consiga arrumar”.

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Subsecretário de Políticas Públicas para Juventude – pasta ligada à SEC – Jessé Cruz, sustenta ser fundamental que a formação alcance todas a juventude em sua diversidade.

Subsecretário de Políticas Públicas para Juventude, Jessé Cruz ressalta a importância de levar projeto a todas as juventudes de MS. (Foto: Paula Maciulevicius/SEC)

“Nossa parceria com eles foi no sentido de mobilizar as juventudes periféricas, quilombolas e indígenas para que a gente consiga levar para estes públicos a oportunidade de se qualificar. A juventude é uma fase que, além dos estudos, uma qualificação profissional também é valiosa”, afirma Jessé.

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Coordenador regional da Carreta Digital, o professor da Faculdade de Computação da UFMS, Marcelo Turine destaca que o laboratório móvel é equipado com tecnologia de ponta, com o objetivo ser uma sala tecnológica itinerante oferecendo cursos e treinamentos em novas tecnologias para 3 mil estudantes de Campo Grande.

“É uma oportunidade para fortalecer as políticas públicas de educação e cidadania com foco na formação humana, tecnológica e social promovendo a inclusão e a capacitação profissional itinerante de estudantes em situação de vulnerabilidade social, proporcionando habilidades e oportunidades para um futuro melhor”, ressalta.

Para se inscrever, os interessados devem entrar no site da Carreta Digital e preencher o formulário clicando aqui.

A confirmação é feita por e-mail, e o limite são 30 alunos por turma. Além do curso de manutenção de celular, a Carreta Digital também oferece montagem e configuração de computadores de alto desempenho – PC gamer; robótica e montagem e configuração de computadores.

 

Paula Maciulevicius, da Comunicação da Cidadania

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Mato Grosso do Sul expande geração de energia em 11%, com destaque para projetos renováveis

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Mato Grosso do Sul atingiu em 2024 a capacidade instalada total de 9.843 MW de energia, um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Desse total, as fontes renováveis correspondem a mais de 90% da capacidade instalada, com a energia hídrica representando mais da metade desse grupo, seguido pela biomassa, com praticamente um quarto da produção local.

O dados são da Coordenadoria de Transição Energética, da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciencia, Tecnologia e Inovação), que traz um panorama atualizado da geração de energia elétrica no Estado, compilado com base nas informações do Siga (Sistema de Informações de Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica).

O levantamento, segundo o titular da Semadesc, Jaime Verruck, revela um cenário promissor e em constante evolução, marcado pela diversificação da matriz energética e pelo crescimento das fontes renováveis em mato Grosso do Sul, seguindo as principais tendências da transição energética global.

“A matriz energética do Estado se destaca pela forte presença de fontes renováveis, que respondem por 94,1% da capacidade instalada. A energia hídrica lidera com 54,5%, seguida pela biomassa (24,3%) e pela energia solar (15,3%). As fontes fósseis, por sua vez, representam apenas 5,9% do total, refletindo o compromisso do Estado com a sustentabilidade e a transição para uma matriz elétrica mais limpa”, salientou Verruck.

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O relatório traz ainda um panorama de crescimento dos pequenos geradores. A geração da energia elétrica é dividida em GC (Geração Centralizada), que são as grandes usinas capazes de gerar quantidades elevadas de energia, e em GD (Geração Distribuída), composta por pequenos geradores, muitos deles domésticos, como é o caso dos painéis solares em residências e comércios.

Placas solares são as responsáveis, por exemplo, por garantir fornecimento de energia para as comunidades mais isoladas do Pantanal

Nesse cenário, a geração centralizada corresponde por 84,7% da produção sul-mato-grossense, enquanto a distribuída equivale aos 15,3% restantes. Embora a GD represente uma parcela menor em termos de potência instalada, ela é responsável por 98% dos empreendimentos de geração de energia no Estado, com 132.458 unidades em operação, um crescimento de 53% em 2024.

A GC conta com uma potência outorgada de 11.832 MW, dos quais 70% já estão em operação, tendo destaque as hidrelétricas (64% da capacidade instalada em operação), seguidas pelas usinas de biomassa, com 28%. Além disso, há um significativo número de projetos em desenvolvimento, principalmente usinas solares, que representam 88,8% da potência em construção ou planejada.

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Já a GD, que permite a produção de energia próxima ao local de consumo, tem como principal fonte a radiação solar, responsável por 99,7% da potência instalada nessa modalidade. Os consumidores residenciais são os maiores protagonistas, representando 45% da potência instalada e 81% dos empreendimentos.

Campo Grande, Dourados e Três Lagoas são os municípios que mais se destacam em termos de capacidade de geração distribuída.

MS se destaca na produção de energia renovável e sustentável

De acordo com Verruck, a Coordenadoria de Transição Energética da Semadesc tem sido fundamental na compilação e análise desses dados, fortalecendo a formulação de políticas públicas e estratégias que visam ampliar a participação das energias renováveis na matriz elétrica do Estado.

“Com uma matriz cada vez mais diversificada e sustentável, Mato Grosso do Sul se consolida como um exemplo na transição para um futuro energético mais limpo e resiliente”, conclui Verruck.

Confira o estudo neste link.

Rosana Siqueira, Comunicação Semadesc
Foto de capa: Mairinco de Pauda/Semadesc
Interna 1: Bruno Rezende/Secom
Interna 2: Saul Schramm/Secom

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