POLÍTICA MS
Política: atrai e transforma seus protagonistas
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ANTÍTESE: Na edição anterior falamos da adoção da simplicidade pelos homens públicos e autoridades em geral. A intenção, destacar o que seria indispensável na função de servir, de representar, não importando a graduação. Mas do outro lado existe a imodéstia, a vaidade, a arrogância, a empáfia e o desdém através da soberba.
SOBERBA: O Papa Francisco tem a soberba como forma de “esplendor excessivo”, de auto exaltação, presunção e vaidade manifesta no desejo excessivo de superioridade. O soberbo se considera muito mais do que é na realidade, julga-se superior aos demais e despreza os outros. (Papa Francisco, Audiência Geral, 06/03/2024).
SOBERBOS: Putin, Trump, Lula, Bolsonaro, José Dirceu, Janja, Puccinelli, Gleisi Hoffman, Paulo Maluf, Pablo Marçal, Alexandre de Moraes, Collor de Mello, Roberto Requião, Dilma Roussef e Sergio Cabral. Lembrando Machado de Assis: ‘São assim os homens; as águas que passam e os ventos que rugem – não são outra coisa. ’
SINAIS: Para Roberto Romano é arrogância o desejo de superioridade dos políticos em serem julgados no foro especial e não pelo juiz de primeira instância. Outro filósofo, Mario Cortella, diz: ‘a soberba é a capacidade de imaginar que nada existe que seja superior a própria pessoa’. Ambos enxergam a soberba como pecado da política através da arrogância.
COMPARAÇÕES: Em Pindamonhangaba perguntei pelo Alckmin. Conceito 10 na postura. Em Berlim, a então Chanceler Ângela Merkel, sem seguranças pilotava o carrinho no supermercado, papeava com os fregueses no caixa. Aqui, novatos do poder, mudam de endereço, desligam a campainha da casa. Viram intocáveis, insuportáveis, imortais.
LUIZ F. PONDÉ: Oportuno citá-lo: “O PT sempre foi um partido extremamente arrogante porque os petistas achavam que eles caminhavam sobre a virtude universal da política; o partido da ética. Quando um petista falava com você – ele se portava como se estivesse sendo até condescendente contigo – um ser miserável corrupto.” Rssss
METAMORFOSE: No facebook Puccinelli deseja ‘boa semana aos amigos’. Antítese do governador que em 2009, num evento com empresários sobre o cultivo de cana de açúcar no Pantanal, xingou o então ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) de veado e fumador de maconha, além de ameaçar estupra-lo em praça pública. E quer voltar!
OS MESMOS? Muita coisa pode acontecer até as eleições de 2026: escândalos, prisões, operações da Polícia Federal, do Gaeco. Quer queira ou não isso acabaria influenciando a opinião pública, independentemente de sentença judicial. Não é? Vale a versão do fato. Mas não vislumbro novas figuras no cenário, a exceção de ex-prefeitos.
BEM ASSIM: As pessoas querem deixar um legado, espécie de marca existencial. Uns concretizam o projeto na profissão pelo sucesso. Outros optam pelo caminho atraente da política. Quem não massageia o ego pela exposição do nome ou imagem na mídia – de placas ao noticiário? O grande número de candidatos a vereança comprova essa tese.
A GLÓRIA: Ela é construída por momentos mágicos de sorrisos, alegria e satisfação pessoal no curso do poder. Como diz o conhecido bordão da propaganda: ‘Isso não tem preço! ’ Conversando com políticos, em todos níveis de poder, percebe-se o estado de felicidade por usufruir essa experiência de vida. Mas como tudo na vida – é efêmero.
BASTIDORES: Exala cheiro de mudanças. Ganha corpo a tese de que o governador Riedel trocaria o PSDB pelo PSD e que o ex-governador Reinaldo deixaria o ninho tucano ingressando no PP. Essas mudanças impactariam em vantagens para o senador Nelsinho (PSD) na sua tentativa de reeleição em 2026.
ANALISE: Nelsinho tem uma base sólida: eleito com 424.085 votos. Sua carreira politica começou em 1992 como vereador e depois foi o deputado estadual mais votado. Em 2004 elegeu-se prefeito. reeleito em 2008. Hoje está em vantagem em relação ao nome do engenheiro Marcelo Miglioli, outro pretendente ao Senado. Para ter chances, o candidato precisa sair da capital com 300 mil votos.
A PERGUNTA: Como cumprir todas as promessas para arrumar ‘boquinhas’ nas prefeituras? Quem apoiou ou de alguma forma ajudou na vitória – não importa o tamanho e prestígio do apoiador – está cobrando retribuição de quem tomará posse. Colocar mais mesas nas salas satisfará os aliados? É o velho filme que se renova.
RENATO CÂMARA: Produtivo o papo com o deputado sobre questões envolvendo o plantio de eucaliptos e que tem gerado dúvidas na opinião pública. Zeloso nas palavras, entende que é preciso olhar a questão do meio ambiente e que há toda uma legislação federal avançada para prevenir desastres e todos tipos de problemas. Deus queira!
PERGUNTAS: Tendo por base Inocência, tradicional produtora de alimentos e que mudará para as florestas de eucaliptos, teremos reduzida a parte territorial que hoje se dedica a pecuária e agricultura? O rebanho bovino de Água Clara e Ribas diminuindo e a população que outrora morava na zona rural praticamente está desaparecendo.
MUDANÇAS: O eucalipto prejudica o ecossistema pela falta de variedade alimentar e acaba alterando a biodiversidade inclusive. Outra questão grave se refere as nascentes próximas destas florestas absolutamente sem frutos. Além do mais, o eucalipto provoca acidificação do solo e inibe o surgimento de outras plantas nativas e elimina a fauna.
ACREDITE; O Brasil ainda tem 11,8 milhões de analfabetos. Sindicatos: O Brasil lidera folgado com 17.289 entidades; a Argentina tem apenas 91; o poderoso Reino Unido totaliza 168 e os Estados Unidos 190. Número de pessoas com foro privilegiado: no Brasil 58.660; Alemanha 1; Chile e Estados Unidos nenhuma.
EFEITO DOMINÓ? As notícias sobre o plano de assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes sacudindo o universo político. Já se pergunta: quais os danos políticos para as lideranças ligadas ao ex-presidente Bolsonaro? Como a opinião pública está reagindo com a exposição dos fatos. Logo teremos pesquisa neste sentido.
ROBERTO BRANDT: “A vitória de Trump não é o fim do mundo, nem um novo fim da história. É simplesmente o começo de uma nova ordem que, por imprevidência nunca imaginamos. Como todo na vida, vai nascer, evoluir e depois ser substituída, embora não saibamos quando. A única coisa certa é que o Brasil nada tem a ganhar e tem tudo a perder como esses novos tempos. ” ( ex ministro de FHC)
PONTO FINAL:
Quando e qual será o próximo escândalo no MS?
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Política: a sabedoria na derrota e no recomeço
DO LEITOR: “A presença nobre de Kamala Harris na posse de Trump merecendo elogios e enseja a discussão sobre a grandeza de se admitir de que não se pode ganhar sempre, tampouco de que somos infalíveis, completos. Para a psicanálise, a postura da Kamala é a lição sutil para que saibamos conviver com nossas próprias faltas e falhas. ”
OPINIÃO-1: Derrota eleitoral é uma; derrota política é outra. As imagens de Kamala no evento são emblemáticas, no lugar do discurso de perdedor, geralmente bons para mobilizar a militância. Altiva, ela descarta o luto eleitoral, preservando o seu espaço. Lembrando Cecília Meireles: “ Não venci todas as vezes que lutei, mas perdi todas as vezes que deixei de lutar
OPINIÃO-2: Emblemática a frase “é na derrota que se conhece o campeão”. É ideal na análise das atitudes do ‘reprovado’ nas urnas que reage de forma positiva. Perder não coloca o ponto final no objetivo. Pode ser a chance para reflexões. “Reconhecer a alegria na felicidade alheia e a tristeza na dor dos outros, nos enriquece e nos humaniza. ” (Adalberto Barreto)
DUAS REFLEXÕES: “Muitas vezes se aprende mais com uma derrota do que com dez vitórias. Em todos os níveis: físico, psíquico, moral. Portanto, a derrota é um remédio poderoso e um incentivo ainda mais poderoso” (Vito Mancuso) “Penso que seria necessário educar as novas gerações para o valor da derrota. Para a sua gestão. Para a humanidade que resulta dela”. (Pasolini)
É CEDO? Sim, muito cedo para previsões. Dependerá do nível de satisfação do povo americano com o governo Trump. Pesará na balança o resultado da política externa. Imagine quantos interesses povoam o intricado universo econômico dos Estados Unidos que refletem no mundo. Não há bola de cristal capaz de acertar tudo e tanto.
“A VITÓRIA de Trump serve como alerta importante aos analistas políticos: muitas vezes, as preferências pessoais e os vieses ideológicos turvam as análises e dificultam a avaliação crítica e imparcial. A necessidade de análises sólidas, livres de preferências subjetivas, é imperativa para que o debate possa florescer e para que o cidadão possa confiar nas avaliações oferecidas pelos especialistas. ” ( André Neves – in ‘Exame’)
MOKA: Hoje aos 74 anos, começou como vereador na capital (1982-86), deputado estadual, deputado federal e senador. Perdeu a tentativa de reeleição mas manteve-se sempre fiel ao MDB e ao seu grupo político. Convidado para chefiar o escritório do Governo Estadual em Brasília, voltará ao ambiente que adora. Sem comentários.
EXEMPLO: O caso de Moka é bem típico das pessoas que passam grande parte da existência exercendo a atividade política. Embora médico, abraçou a política como uma espécie de sacerdócio. Nesta clausura temporária ele sentiu a falta do poder efetivo do mandato. Vitórias e equívocos contam? Agora, tem a chance de reciclar a postura.
O OUTRO: Por razões óbvias, o ex-deputado federal Edson Giroto anda arredio da mídia. Em recente café amigo notei ele lacrimoso pelo estigma; ‘lambe as feridas’: mas planeja tentar a Câmara Federal em 2026. Não questionei suas chances, mas é ‘ outro ex-poderoso’ tentando calçar as esquecidas sandálias da humildade. Tomara!
LIÇÕES: Presentes no universo político. Cabe aos atuais protagonistas do poder, olhar no retrovisor e analisar as falhas de outros políticos e não os imitar. Eleitos, os políticos não podem evitar os espaços populares e nem fugir dos afagos dos cidadãos anônimos. Não saudar a caixa do mercado, por exemplo, é uma pratica comum por aí. De leve.
JUSTIÇA: Avesso a bajulação, registro a opinião nas cidades por onde passou o então Juiz de Direito Renato Pavan. Simples despido de vaidades, afável nas relações com advogados, subalternos e o público em geral, esse desembargador que agrega, é uma feliz escolha para presidir o TJMS. Missão desafiadora de resgate, mas viável.
‘MARRUÁ’: No ‘Blog Paçoca do Cebola’ (`PR), o registro impensável antes: “A vereadora de Londrina, Jessica Moreno (Progressistas), a Jessicão, anunciou nas suas redes sociais que a mulher dela Mayara está grávida de 4 meses, de gêmeos. Os meninos vão se chamar João Victor e João Vicente. ” Como se diz na fronteira: “Segue a galopeira”.
DOS LEITORES: Em cada esquina um pedinte. A população da capital pede ações imediatas da Secretaria de Assistência Social contra a presença de pedintes, brasileiros, venezuelanos e colombianos. A reclamação é extensiva aos vereadores, que aliás, dispõem de vários assessores nos gabinetes. Por acaso seriam surdos ou cegos?
CONCLUSÃO: “Somos nós, brasileiros, que escolhemos ser desimportantes para os Estados Unidos. O que é o Brasil, no contexto das nações? Um gigante bobão, comandado por uma fauna política sem projeto que não o dilapidar a sociedade. Os números estão aí. Como os brasileiros podem querer ser relevantes, se a sua participação no comércio mundial é de menos de 1%, a mesma de 1980” Mario Sabino)
ENCRUZILHADA: Dos textos opinativos sérios a conclusão não é das melhores para a sucessão presidencial. De um lado o candidato Lula sem opções: ele próprio, a licença para Alckmin assumir e ser o candidato com o discurso da reconciliação. De outro a oposição forte, mas desunida à espera da solução do caso Bolsonaro. É o que temos.
DISCURSOS: Comparando as manifestações dos ‘oposicionistas’ ao Planalto nota-se a falta de sintonia entre eles. Suas vozes não ecoam além dos seus limites territoriais. Não vejo e nem ouço críticas contundentes, de enfrentamento ao atual Governo e que possam unir a postura daqueles que se dizem contra. Parece que já assistimos esse filme.
PELEANDO: Pelo noticiário político de férias, nossos representantes na Assembleia aproveitam para o café demorado, o papo sem pressa nas bases eleitorais. Cada qual com seu estilo e prioridades. O deputado Gerson Claro é um daqueles que a preguiça passa longe. Motivado, não perdeu a forma de se conduzir. Não por acaso chegou onde está.
THEDORE ROOSEVELT: “ Não é o crítico que importa, não aquele homem que aponta como o homem forte fraqueja ou onde aqueles que realizaram algo poderiam tê-lo feito melhor. O crédito pertence ao homem que se encontra na arena, cuja face está manchada de poeira, suor e sangue; que se esforça bravamente; que erra, que se depara com um revés após o outro, pois não há esforço sem erros e falhas…” (do discurso proferido em 1910 na Universidade de Sorbonne, um ano após deixar a Casa Branca, considerado um dos mais importantes da história)
PILULAS DIGITAIS:
“Conduzo. Não sou conduzido. ” (Lema no brasão da cidade de São Paulo)
Ministra de MS é alvo de denúncias de assédio moral. (Correio do Estado)
Vivemos movidos pelo desejo de infligir ao inimigo a dor que ele causou ( Wilson Gomes – FSP)
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa. (Mario Quintana)
Americanos ameaçam sair às ruas contra Trump se a Colômbia taxar a cocaína que exporta para os EUA. (Tutty Vasques)
Tem dias que a gente tem baixos e subterrâneos. (na internet)
Com a inteligência artificial, o conhecimento e a ignorância aumentam. (João P. Coutinho – FSP)
Quem foi em busca do sonho americano vai ter que se contentar com o pesadelo brasileiro (Dr. Zuretta)
Com boa propaganda as pessoas acreditam até em ovo sem casca. (Millôr)
Programas sociais são generosos, mas precisam ser mais eficientes. (Laura M. Machado-FSP)
Polêmica do Pix “derrete” popularidade de Lula na capital. (Correio do Estado)
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